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Reinaldo Teixeira defende diálogo construtivo na centralização dos direitos de transmissão

há 1 dia

O presidente da LPFP, Reinaldo Teixeira, elogia colaboração do Benfica e destaca ambiente positivo na Cimeira de Presidentes, apesar de divisões na arbitragem.

Reinaldo Teixeira defende diálogo construtivo na centralização dos direitos de transmissão

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Reinaldo Teixeira, abordou a questão da centralização dos direitos audiovisuais, destacando que o Benfica não adotou uma "atitude destrutiva" durante o debates na XV Cimeira de Presidentes. Teixeira revelou que o clube, tal como outras instituições desportivas, tem partilhado várias sugestões que visam aprimorar o processo.

"O Benfica, tal como todos os clubes, tem contribuído substancialmente ao longo deste percurso. Na cimeira de hoje, reafirmou sua posição. Embora tenha deixado o grupo de trabalho, isso não deveria ser visto como falta de colaboração", afirmou o presidente, em declarações à imprensa.

Reinaldo Teixeira sublinhou ainda que o objetivo é concluir o projeto de centralização até junho de 2026, com a esperança de conseguir antecipar este prazo. "Todos os passos têm sido dados de forma positiva. Já nos reunimos com quase todos os operadores nacionais e estamos prestes a dialogar com a Autoridade da Concorrência. O apoio de todos os clubes é essencial para afinar o regulamento", indicou.

Ele garantiu que "a centralização está a progredir" e que todas as discussões estão fundamentadas em estudos e análises do mercado. No que toca à atmosfera da cimeira, especialmente após a controvérsia da arbitragem na final da Taça de Portugal, onde se defrontaram o Benfica e o Sporting, Teixeira considerou o ambiente "exemplar", destacando o espírito construtivo que imperou.

"Agradeço a todos os clubes pelo seu contributo. Estiveram todos num clima de colaboração, e cabe a nós, enquanto Liga, assegurar que essa atitude persista", assinalou.

Além disso, Teixeira confirmou que houve a proposta do presidente do Nacional, Rui Alves, para que o Conselho de Arbitragem e o Conselho de Disciplina regressem à Liga, ao invés de estarem sob a responsabilidade da Federação Portuguesa de Futebol. Teixeira ressalvou que a atual estrutura é resultado de uma imposição legal e que qualquer mudança exigirá uma revisão da legislação, confessando não saber se existe o desejo generalizado dos clubes por esta alteração institucional.

"Todos temos uma preocupação comum em garantir um bom desempenho da arbitragem. A questão do Conselho de Arbitragem resulta de uma imposição legal que não pode ser facilmente revertida sem uma alteração legal correspondente", acrescentou.

Relativamente a possíveis mudanças nas estruturas competitivas, Reinaldo Teixeira afirmou que o assunto continua a ser debatido, com a intenção de ouvir as opiniões dos clubes antes de avançar para uma fase decisiva. "Estamos a ouvir as sensibilidades dos clubes antes de apresentarmos uma proposta para votação", reiterou.

Teixeira também reagiu às declarações do presidente do Sporting, Frederico Varandas, que mencionou que "o futebol português deixou de ter donos". O presidente da LPFP refutou essa ideia, afirmando que todos os clubes se identificam como partes integrantes do sistema competitivo. "Não percebo, nem hoje nem ao longo dos meus 29 anos nesta casa, qualquer sensação de domínio", enfatizou.

Por fim, Teixeira anunciou iniciativas para sensibilizar tanto os adeptos quanto as forças de segurança, destacando a importância do trabalho pedagógico a ser desenvolvido em colaboração com diversas entidades, incluindo GNR, PSP, PJ e Proteção Civil.

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