Portugueses em busca do estilo presidencial: forte ou suave?

Durante uma visita à exposição de meios militares das Forças Armadas em Lagos, no distrito de Faro, no marco das celebrações do Dia de Portugal, o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fez declarações interessantes sobre a sua sucessão.

Enquanto degustava alguns salgados, o chefe de Estado comentou que os portugueses terão a oportunidade de escolher entre um novo Presidente que represente uma "gastronomia forte" ou uma "gastronomia mais suave". "Se quer um estilo mais robusto ou algo mais ameno, é uma decisão que cabe ao povo", afirmou.

Refletindo sobre o papel dos presidentes na sociedade portuguesa, Marcelo destacou a diversidade do país, sublinhando que cada um dos seus antecessores teve um papel único e significativo. Mencionou Ramalho Eanes, que facilitou a transição para a democracia, Mário Soares, que simbolizou o auge da democracia partidária, e a gestão de Sampaio e Cavaco Silva, que se focaram em questões internacionais e na crise económica, respetivamente.

Sobre a sua própria missão, Marcelo descreveu-se como "polivalente", aludindo aos desafios que enfrentou durante o seu mandato, incluindo a pandemia e os incêndios florestais. Embora não quisesse definir uma missão específica para o próximo presidente, admitiu que "os tempos atuais têm exigências muito claras".

Ao ser perguntado sobre possíveis candidatos que se assemelham à sua aptidão para a gastronomia, desviou-se da questão, focando-se no prazer de apreciar a comida durante a sua presidência.