Parlamento Europeu propõe estratégias inovadoras para contrabalançar a desinformação em democracias

O Parlamento Europeu (PE) emitiu hoje uma nota elucidativa sobre a desinformação, caracterizada como conteúdos manipulados intencionalmente para enganar o público com finalidades estratégicas, políticas ou económicas. Segundo o PE, este fenómeno é frequentemente disseminado por indivíduos com segundas intenções que pretendem corroer a confiança nas instituições democráticas ou moldar os resultados eleitorais.

Para lidar com a crescente ameaça da desinformação, o PE listou algumas táticas eficazes que visam ajudar os cidadãos a reconhecer e impedir a propagação de informações fraudulentas.

O primeiro passo aconselhado é manter um olhar atento, evitando títulos sensacionalistas que carecem de rigor factual. É fundamental priorizar o conteúdo em vez da mera atratividade de um título.

No segundo ponto, o PE sugere prestar atenção ao tipo de linguagem utilizada nas notícias. É importante desconfiar de textos que evocam forte emoção, uma vez que podem ser parte de campanhas de manipulação direcionadas a alterar a opinião pública.

A verificação de fontes é outro aspeto essencial. O PE recomenda que se prefiram notícias de meios de comunicação com reputação e práticas transparentes, especialmente num contexto de aumento das campanhas de desinformação contra processos democráticos.

A conferência de factos é crucial, particularmente antes de se partilhar conteúdo nas redes sociais, um meio frequentemente vulnerável à manipulação. Os utilizadores devem hesitar e confirmar a veracidade de uma notícia antes da sua divulgação.

Dada a utilização de técnicas de desinformação cada vez mais sofisticadas, comparando informações entre várias fontes de confiança, é possível combater narrativas fáceis de manipular. Devem-se estar atentos a potenciais esforços coordenados que promovem a desinformação.

É relevante notar que a desinformação pode também ser propagada através de conteúdos multimédia, tais como imagens e vídeos. Por isso, é imprescindível agir com cautela em relação a esses formatos, uma vez que a manipulação visual tem sido uma prática comum nas campanhas de desinformação.

O PE sublinha que o desenvolvimento do pensamento crítico e da literacia mediática é fundamental para construir uma linha de defesa contra a desinformação, o que implica o ceticismo e a verificação independente das informações recebidas.

Finalmente, o PE recomenda que se comuniquem os casos de desinformação e discurso de ódio às autoridades competentes, além de consultar regularmente plataformas dedicadas à denúncia e ao combate da desinformação.