Economia

Novo Banco prepara caminho para a entrada em bolsa com aprovação dos acionistas

há 3 dias

A assembleia-geral do Novo Banco aprovou a admissão em bolsa das suas ações, abrindo portas para uma possível oferta pública inicial, além da venda direta.

Novo Banco prepara caminho para a entrada em bolsa com aprovação dos acionistas

A assembleia-geral do Novo Banco, realizada hoje, deu luz verde à proposta que permite a admissão das ações da instituição na Euronext Lisbon, conforme anunciado no início de maio. A decisão foi aprovada com a votação favorável da Lone Star, que detém 75% do banco, enquanto os restantes 25% (13,54% do Fundo de Resolução e 11,46% da Direção-Geral do Tesouro e Finanças) optaram pela abstenção.

A abstenção foi confirmada por fontes do Fundo de Resolução, que recordaram uma decisão da Comissão Europeia de outubro de 2017, a qual estabelecia que não exerceria os seus direitos de voto. Em declarações à Lusa, o Ministério das Finanças não se pronunciou sobre a assembleia.

O Jornal de Negócios reportou que, assim como o Fundo de Resolução, a DGTF também se absteve, isto devido a compromissos assumidos com a Comissão Europeia, mesmo com o fim antecipado do Acordo de Capital Contingente.

Embora a aprovação represente um passo significativo, não obriga o banco a realizar a entrada em bolsa. No entanto, abre a possibilidade para que os acionistas decidam seguir essa via, mantendo a opção de uma venda direta como alternativa.

O Novo Banco já submeteu um prospeto à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), aguardando agora a resposta desta entidade. Desde que a Lone Star adquiriu o Novo Banco em 2017, o Fundo de Resolução injetou 3.405 milhões de euros, um tema controverso no panorama político.

Com a antecipação do fim deste mecanismo em 2024, a venda do Novo Banco e a distribuição de dividendos tornam-se viáveis. A Lone Star já anunciou planos para a venda de parte do banco em bolsa e uma nova estratégia de dividendos para cativar investidores.

No início do mês, a instituição reportou lucros de 177,2 milhões de euros no primeiro trimestre, uma ligeira diminuição de 1,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Além da admissão à negociação das ações, os acionistas aprovaram a revisão integral dos estatutos do banco, garantindo a conformidade em caso de entrada em bolsa, e a revisão da política de remuneração dos órgãos de administração e fiscalização para o mandato de 2025-2028, bem como a eleição dos membros da mesa da Assembleia Geral de Acionistas para o mesmo período.

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