O relatório sobre o apagão que afetou a Península Ibérica no dia 28 de abril pode ser acionado em seis meses, conforme anunciado pela ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.
Durante a II Conferência de Energia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, informou que o relatório final sobre o apagão que deixou a Península Ibérica sem eletricidade no passado dia 28 de abril poderá ser apresentado em até seis meses.
A ENTSO-E, entidade responsável pela coordenação dos operadores de transporte de eletricidade na Europa, assumiu o compromisso de realizar "o maior esforço" possível para antecipar as conclusões desta investigação, apesar do prazo regulamentar se estender até ao verão de 2026.
Os governos de Portugal e Espanha manifestaram a sua preocupação quanto à necessidade de acelerar este processo, uma vez que o apagão, que impactou ambos os países durante mais de 10 horas, levantou questões sérias sobre a segurança e a resiliência do sistema elétrico europeu.
A ministra salientou que há uma abertura clara da ENTSO-E para acelerar o relatório, dada a pressão não só de Portugal e Espanha, mas de toda a Europa, que está ávida por saber o que aconteceu e o que pode ser feito para evitar recorrências.
Ainda que não exista uma data definida, a ENTSO-E comprometeu-se a envidar todos os esforços para que o relatório final possa ser disponibilizado dentro de meio ano. O primeiro relatório, que será apresentado até 28 de outubro, servirá como base para o relatório conclusivo, cujo prazo final é 30 de setembro de 2026. A análise está a ser realizada por um comité de peritos designado especificamente para investigar este incidente, que foi classificado como "excecional e grave".