O CFO da Altice revelou que, até agora, a Meo não sente grande pressão da Digi no mercado. O grupo registou crescimento nas receitas, apesar de desafios com a Altice Labs.
A entrada da Digi no mercado português, que ocorreu há quase seis meses, ainda não teve um impacto significativo na Meo, conforme afirmou Malo Corbin, o administrador financeiro do grupo Altice, durante uma conferência com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre.
Corbin comentou que "neste momento, é prematuro aprofundar o tema", acrescentando que, até agora, não se verificou uma saída substancial de clientes da Meo para a Digi, tanto no domínio da telefonia fixa como no móvel.
Assim, o CFO salientou que "por enquanto, o impacto tem sido reduzido". No entanto, ele também sublinhou a necessidade de manter cautela para observar a evolução da estratégia da Digi nas próximas trimestres.
No que respeita às finanças, as receitas da Altice Portugal atingiram 697 milhões de euros no primeiro trimestre, demonstrando um crescimento de 2,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, mesmo face à queda de receitas da Altice Labs.
É importante notar que, excluindo a performance da Altice Labs, o crescimento das receitas foi de 7,0%, impulsionado principalmente por um aumento de 8,4% no Segmento Consumo, fortemente sustentado pelo negócio de energia, e um crescimento de 5,3% no Segmento de Serviços Empresariais.
Quanto ao EBITDA, este valorizou-se em 244 milhões de euros, revelando uma queda de 5,6% em comparação com o ano anterior. Sem considerar a Altice Labs, a diminuição foi de 1,4%, refletindo o aumento nos custos diretos e comerciais devido à expansão da base de clientes de Energia.
O investimento realizado entre janeiro e março foi de 100 milhões de euros, um aumento de 1,3% face ao ano passado, o que demonstra a ambição da empresa em enfrentar os desafios do setor, como a necessidade de atualização tecnológica e melhoria da conectividade.