A Grande Lisboa aumenta seus recursos no combate a incêndios rurais com a inclusão de duas novas equipas, elevando para 286 o número de operacionais disponíveis entre julho e setembro.
A sub-região da Grande Lisboa prepara-se para enfrentar a época de incêndios de forma mais robusta, com a introdução de "mais duas equipas" em relação ao ano anterior, conforme anunciou o comandante Hugo Santos. Esta adição, que inclui uma equipa de combate a incêndios (ECIN) e uma equipa logística de apoio (ELAC), resulta num total de 286 operacionais, que estarão activos entre 1 de julho e 30 de setembro.
Hugo Santos realçou a importância da colaboração entre os corpos de bombeiros, destacando que a sub-região da Grande Lisboa tem a capacidade de fornecer apoio ao resto do território nacional. "A sub-região actua como um pilar de auxílio para outras áreas de Portugal continental", sublinhou.
No âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) de 2025, a Grande Lisboa contará com 47 equipas de combate e 21 equipas logísticas, totalizando 286 operacionais e 68 viaturas. A região, que abrange concelhos como Lisboa, Cascais e Sintra, beneficiará ainda de cinco equipas de Sapadores Florestais do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
Neste contexto, não há constrangimentos identificados e, durante os meses de julho, agosto e setembro, bombeiros da Grande Lisboa deslocar-se-ão para o Alto Minho, oferecendo apoio adicional ao combate a incêndios nessa região.
Até o final da época de incêndios, o DECIR terá 21 equipas de combate e 10 equipas de apoio, com o comandante de operações permanentemente em serviço. Octubro trará uma reestruturação, com uma previsão de 19 equipas de combate e nove de apoio.
O comandante mencionou também que a sub-região aguarda a chegada de novos meios aéreos, mas já conta com um helicóptero bombardeiro ligeiro disponível no Montijo, abrangendo toda a área da Grande Lisboa. Além disso, um helicóptero similar na Lourinhã irá colaborar em casos de emergência.
Relativamente à prontidão do dispositivo de ataque inicial, Hugo Santos considerou os resultados do ano passado encorajadores, com uma taxa de resposta dentro do tempo estipulado de 90 minutos a atingir 97,99%. Os tempos de resolução de intervenções foram, em média, de 27 minutos.
O comandante destacou que, em 2024, o prazo para a mobilização do primeiro meio foi estabelecido em 38 segundos, e a chegada média a ocorrências em 12 minutos, realçando que "todos os incêndios começam pequenos" e que a eficácia depende da pronta intervenção.
Por último, deixou um apelo à população para evitar comportamentos de risco em áreas rurais e florestais, especialmente em dias de condições meteorológicas favoráveis à propagação de incêndios, e para manter as áreas em redor das habitações limpas, assegurando uma maior segurança em caso de necessidade.