Expectativas otimistas para o verão turístico, mas aeroportos suscitam apreensão

A indústria do turismo manifestou confiança num verão promissor, antecipando resultados que podem superar os de 2024. Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP - Associação da Hotelaria de Portugal, comentou: “Os primeiros meses do ano sinalizam um crescimento de 8,5% no número de hóspedes e 9,2% nas dormidas”.

A responsável acredita que 2025 poderá trazer resultados ainda melhores, com indicadores positivos continuados. “A expectativa é de que a distribuição entre o turismo nacional e o internacional mantenha-se semelhante a anos anteriores, prevendo que 30% das dormidas sejam de nacionais e 70% de visitantes estrangeiros”, acrescentou.

Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), compartilha o otimismo: “O feriado da Páscoa apresentou resultados encorajadores. Em abril, o alojamento turístico atingiu 2,9 milhões de hóspedes e 7,1 milhões de dormidas, refletindo aumentos significativos.”

No entanto, as operações nos aeroportos geram preocupações significativas. Cristina Siza Vieira destacou que “desde meados de maio, estamos a enfrentar uma situação crítica, particularmente em Lisboa e Faro”. Ela identificou essa crise como uma das principais ameaças à operação a curto prazo, especialmente para voos de mercados importantes como o americano.

O mercado americano é vital, sendo o segundo maior em hóspedes e dormidas em Portugal, e o primeiro em Lisboa. A atual situação é considerada uma má representação da hospitalidade portuguesa. Francisco Calheiros sublinhou que “as longas filas em Faro e Lisboa, causadas por falhas num novo sistema de controlo de documentos, são preocupantes, especialmente à porta do verão”.

A CTP tem procurado soluções junto do Governo, que garantiu estar a trabalhar para resolver a situação rapidamente, numa tentativa de restaurar a imagem competitiva de Portugal como destino turístico eficiente.