Crescimento nas vendas de automóveis na Europa em 2025, embora vendas anuais permaneçam em queda

O mercado automóvel europeu registou, pela primeira vez em 2025, um aumento nas vendas de automóveis novos, apesar de um declínio de 1,2% em comparação com o ano anterior. De acordo com a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), até ao final de abril, foram matriculados 3.640.211 veículos na União Europeia, o que representa uma diminuição de cerca de 42 mil unidades face ao mesmo período de 2024.

No entanto, abril marcou uma viragem, com as vendas de carros novos a superarem as do mês correspondente do ano anterior em 1,3%, totalizando 913.716 viaturas. A ACEA destacou que este aumento é um sinal de recuperação, embora o panorama económico global permaneça incerto.

A evolução das vendas variou entre os principais mercados da Europa. Espanha e Itália apresentaram resultados positivos, com um aumento de 7,1% e 2,7%, respetivamente. Em contrapartida, França e Alemanha registaram descidas, com perdas de 5,6% e 0,2% nas matriculações.

Os automóveis elétricos continuam a ganhar popularidade, com um aumento de 26,4% nas vendas anuais, representando 15,3% do total de vendas em abril. Nos primeiros quatro meses do ano, as vendas de veículos híbridos e elétricos somaram 1.285.486 unidades, com crescimentos notáveis, a destacar França (44,9%) e Espanha (35%).

No entanto, a Tesla enfrenta desafios, já que as suas vendas neste segmento caíram pela metade, representando apenas 1,1% do mercado europeu, com 41.677 unidades vendidas, o que contrasta drasticamente com os números do ano anterior.

Os automóveis a combustão, nomeadamente a gasolina e gasóleo, continuaram a sofrer quebras significativas. As vendas de carros a gasolina caíram 20,6%, com um impacto notável em França (-35,2%), na Alemanha (-26,6%), em Itália (-14,4%) e Espanha (-12,7%). A quota de mercado dos veículos a gasolina diminuiu sete pontos percentuais, agora situando-se em 28,6%. De forma semelhante, a quota de carros a gasóleo registou uma queda para 9,6% em abril, ficando atrás das tendências de eletrificação do setor.