O dirigente do Alverca, Bruno Paixão, confronta Luís Pinto após acusações que ferem a sua honra e profissionalismo, prometendo recorrer ao Ministério Público.
Bruno Paixão, ex-árbitro e actual dirigente do Alverca, que recentemente ascendeu à I Liga portuguesa, manifestou-se hoje contra as declarações do treinador do Tondela, Luís Pinto, que questionou a sua ética enquanto ex-árbitro. Paixão considera que as afirmações de Pinto mancharam o seu "bom nome".
Na sua comunicação à agência Lusa, Bruno Paixão afirmou: “As declarações do senhor Luís Pinto são manchadas e incluem discriminação social e profissional, colocando em causa a minha honra. Por isso, irei enviar este caso ao Ministério Público, para que o senhor Luís Pinto possa explicar o que quis dizer com 'promiscuidade'.”
As críticas de Luís Pinto surgiram durante uma entrevista onde expressou a sua oposição à presença de um ex-árbitro como director numa equipa. "Um ex-árbitro querer ser treinador é aceitável, mas tem que haver limites na sua função, pois a ética deve prevalecer," defendeu o treinador do Tondela.
Bruno Paixão, em resposta, reconheceu que a situação o surpreendeu e afirmou que a sua carreira não deve ser definida apenas pelo passado como árbitro profissional. Além disso, possui formação em engenharia de produção industrial e uma pós-graduação em gestão de futebol, o que lhe confere competências para ocupar cargos de direcção.
O dirigente do Alverca, que partilha a mesma divisão do Tondela, sustentou que sempre actuou com respeito e ética no desporto e manifesta que não tem nada a aprender com as observações de Luís Pinto.
A direcção do Alverca, por sua vez, emitiu um comunicado onde reafirma o seu respeito pela instituição Tondela, destacando que as declarações de Pinto não reflectem a postura habitual do clube. Apesar das tensões no futebol português, a SAD do Alverca optou por não intensificar os conflitos, considerando as palavras de Pinto "infelizes".