Nova Direita critica Moedas por remoção de cartazes partidários em Lisboa

O partido Nova Direita fez hoje acusações severas ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, alegando que a decisão de ordenar a remoção de cartazes políticos no centro da capital é uma tentativa de "instrumentalização política". Esta ordem surge a meses das eleições autárquicas e o partido considera que visa prejudicar a concorrência política.

No passado dia 24 de fevereiro, de acordo com um despacho obtido pela agência Lusa, a autarquia notificou vários partidos, incluindo Chega, IL, Livre, PCP e BE, para que retirassem os seus cartazes e painéis políticos de áreas centrais da cidade, como as praças do Marquês de Pombal e de Entrecampos, bem como da Avenida da República.

A Câmara Municipal justificou a sua decisão apelando à proteção de edifícios classificados como monumentos e ao "Plano das Avenidas Novas", que tem como objetivo preservar o arvoredo e criar um ambiente mais harmonioso para os cidadãos.

O Nova Direita, um dos partidos afetados, recorreu da medida, considerando-a infundada, mas foi recentemente informado de que o seu recurso não foi aceito. O partido agora enfrenta uma nova ordem para remover a sua propaganda política em 24 horas, sob pena de ser forçado a fazê-lo pela autarquia, que arcaria com os custos.

Em comunicado, a Nova Direita expressou a sua "profunda indignação" com a decisão, classificando-a como "injustificada e antidemocrática". O partido contestou a justificativa da Câmara, questionando como os cartazes em questão comprometeriam a estética urbana.

Além disso, o partido liderado por Ossanda Líber acusou Moedas de "hipocrisia", afirmando que a medida visa beneficiar a sua popularidade junto a certos eleitorados, enquanto permite a presença de 'outdoors' eletrónicos comerciais que promovem a propaganda do executivo municipal.

A Nova Direita exige a "suspensão imediata" da remoção de propaganda política e uma atuação imparcial da Câmara Municipal. O partido ainda ressalta que poderá recorrer a vias judiciais para defender os direitos à liberdade de expressão e à propaganda política, pilares da democracia.