Migrantes forçados a deixar alojamento ilegal em Arroios

Cerca de 30 imigrantes indostânicos foram retirados de um alojamento ilegal localizado em um restaurante desativado na freguesia de Arroios, em Lisboa. A situação, caracterizada pela falta de condições mínimas de habitabilidade, foi revelada na quarta-feira pela Junta de Freguesia.

Segundo a presidente da Junta, Madalena Natividade, a comunidade vivia em "condições muito desumanas", enfrentando problemas com pragas como baratas e ratos. A denúncia sobre a situação foi feita pelos vizinhos há uma semana, que relataram um "cheiro nauseabundo" e movimentos suspeitos no local.

Após receber estes relatos, Madalena Natividade contactou os serviços de licenciamento e solicitou a intervenção da Polícia Municipal de Lisboa, que confirmou indícios de ilegalidade no espaço. Na manhã da intervenção, os imigrantes foram identificados, mas a sua situação legal em Portugal permanece desconhecida.

Relatos indicam que estes indivíduos "mal falavam inglês", o que dificultou a obtenção de informações durante a operação. Além disso, ficou apurado que pagavam entre 180 a 200 euros mensais por pernoitar no restaurante desativado.

Quanto ao processo de realojamento, a autarca assegurou que está a ser acompanhado pelos serviços da Câmara Municipal e da Santa Casa da Misericórdia, em colaboração com a Polícia Municipal, sem fornecer pormenores adicionais.

Outras situações de habitação irregular foram também identificadas na mesma freguesia, incluindo um espaço destinado a um dentista.